quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Poemaparagentedesconhecida 27

Chama mãezinha para ver o truque.
Chama mãezinha para ver o muque.
Mãezinha aprova a gastura .
Mãezinha incentiva e arquiva sendo fiel á costura.
Costura de linha imaginária sem represália.
Mãezinha dos cabelos crespos, encaracolados de tanta leitura.
A essa altura jura pelo deus dos atabaques a sina que depura.
Ser mãezinha de sambista,conquista dadivosa.
Mãezinha compositora comprando o nascimento da prosa.
Mãezinha dolente, poente suave –zadora da dor parental.
Mãezinha reconhece bem o bem desconhecendo o mal.
O samba chora gemidos aguerridos contra conquistadores.
O samba não se rende ,nem se vende aos comprositores.
A mãezinha sabendo disso faz rebuliço,faz feitiço .
Desata as bravatas pondo fim no enguiço.
Chama mãezinha partideira de faca e prato sem pranto.
Chama mãezinha cantadora, doutora em banzo, em banto.
Seus olhares são tantos quantos ela pode querer e quiser.
Ser vestida com a chama de mulher.
Chama a mãezinha e ofereça rosas nuas.
A chama queima e as fagulhas ,são suas.

2 comentários:

  1. Grande Poeta... Orgulho-me em conhecê-lo!!!!!

    Parabéns!

    Rodrigo Santiago

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  2. Mestre querido....
    Meu mestre...
    É só isso que posso dizer.

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