sábado, 21 de agosto de 2010

Poemaparagentedesconhecida 18

O homem brigava com o mar.
Não lhe faltava calcanhar.
Nem par de pernas pro ar.
Querendo ser maior que o mar jamais se esqueceu de amar as águas luzidas.
E embora o embate fosse desleal.
O pulo no enfrentamento aquoso transcorria a golpes de capoeira.
E a poeira saída dos pés do homem eram apagadas pelas ondas.
Deixando apenas a face molhada de acalanto.
E a certeza de que não se pode confrontar a mulher dos cabelos ondulados e azuis. Por fim.
A Mulher-Mar só se deixa abater no duelo empreendido por seus filhos brigões.
De pulmões e gingas repletas de umidade.
21/08/2010
Dedicado á esse homem que ''brigava'' com o mar na Praia de Amaralina.

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